Sensação nas primeiras rodadas, o Corinthians sofreu a primeira derrota no Campeonato Brasileiro. Coube a Joel Santana encontrar a fórmula mágica para bater o líder e grande favorito ao título nacional. Com uma estratégia diferente, transformando volantes em laterais e meias em marcadores, o Cruzeiro anulou o Timão com muita marcação e venceu por 1 a 0, neste domingo, no Pacaembu. Wallyson pegou o estreante goleiro Renan adiantado com um lindo chute da intermediária para fazer o único gol da partida.
Apesar do revés em casa - primeiro em edições do Brasileiro desde o dia 13 de outubro de 2010 (19 jogos) - e do fim da sequência de sete vitórias consecutivas, o Corinthians continua em ótima situação no torneio. Como os principais adversários tropeçaram na rodada do fim de semana, a vantagem ainda é de seis pontos para o segundo colocado. O Timão volta a jogar somente no próximo domingo, contra o Avaí, às 16h, na Ressacada, em Florianópolis.
Já o Cruzeiro mostra que pode brigar pelos primeiros lugares. Desde que Joel Santana assumiu o time, são cinco vitórias e apenas uma derrota. A reação eleva a equipe de Belo Horizonte para a casa dos 18 pontos, se aproximando do grupo que vai disputar a Taça Libertadores de 2014. Na quarta-feira, visita o Atlético-GO, às 19h30m, no Serra Dourada, em Goiânia.
Cruzeiro de Joel fechado, Timão com dificuldades
Depois de dez fracassadas tentativas de outros treinadores, Joel Santana ousou na missão de parar o Corinthians. Para diminuir ao máximo o espaço do líder, o técnico optou pela marcação individual, mas de forma diferente. Os volantes Fabrício e Éverton foram abertos pelas laterais para frearem Jorge Henrique e Willian e ajudar Vitor e GIlberto. No meio, Marquinhos Paraná colou em Danilo. Até Roger e Montillo tiveram de marcar, grudando em Paulinho e Ralf.
O cenário idealizado por Joel poderia ter ficado ainda melhor se Vitor, aos dois minutos, tivesse finalizado com precisão depois de fintar Ramon na área. A estratégia surtiu efeito defensivo, mas prejudicou qualquer intenção ofensiva. Montillo mostrou muita qualidade na armação, porém, não teve a ajuda do ataque. Wallyson, único na frente, esbarrou no ótimo momento da defesa alvinegra.
Sem a velocidade de seus baixinhos pelos lados, o Corinthians sofreu para levar perigo ao gol de Fábio. Substituto de Liedson, Emerson teve dificuldades como centroavante e, quando saiu da área, pouco produziu. As melhores chances vieram na chegada de Ralf ao ataque. Na primeira, aos sete, ele pegou rebote na área e chutou rente à trave esquerda. No lance seguinte, depois de tabelar com Danilo, deu passe de calcanhar para Sheik finalizar para fora.
Raposa triunfa, e ainda perde Gilberto
Tite optou por não fazer mudanças de jogadores ou táticas no início do segundo tempo, mas buscou outra forma para tentar surpreender a forte marcação. Sem espaço, o Timão passou a arriscar em chutes de longa distância. Aos três e aos quatro minutos, Paulinho e Willian soltaram o pé e levaram perigo a Fábio.
Muito atrás, o Cruzeiro apostou em lances isolados para responder. E foi em um deles que o gol saiu, aos dez. Wallyson ganhou dividida na intermediária e disparou a bomba certeira. Renan, adiantado, ainda tentou pular, mas já era tarde para impedir que o adversário ficasse em vantagem no placar. Os mineiros poderiam ter aumentado, aos 14, se o árbitro Leandro Pedro Vuaden tivesse marcado pênalti depois que Ramon desviou com o braço um cruzamento feito por Vitor.
O placar contrário fez Tite arriscar tudo. Alex entrou no lugar de Ramon e Edenílson foi a campo na vaga de Jorge Henrique, que passou toda a semana com dores na coxa direita. As trocas, porém, não surtiram o efeito esperado. A postura defensiva da Raposa seguiu inabalada. No ataque, Montillo continuou infernizando, ganhando a ajuda da velocidade de Ortigoza.
O Corinthians teve um alento aos 30 minutos, depois que Gilberto foi expulso por acumular dois cartões amarelos. Mesmo assim, os problemas para superar a defesa rival permaneceram, principalmente pela falta de opções de ataque no banco. O Timão tinha apenas o garoto Elias Oliveira, de 19 anos, como alternativa. Ralf, outra vez, foi quem mais se aproximou de empatar. Aos 38, com um chute forte da entrada da área, parou em grande defesa de Fábio. O goleiro ainda foi ameaçado até os minutos finais, mas a defesa cruzeirense segurou a onda. Era o dia da Raposa.
Sugestões e/ou dúvidas, envie um e-mail para: jornalcorinthians@live.com ; Obrigado, Mateus.
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